Mundo de Beakman indica livro “O Céu não é o Limite”

Lá estava eu, voltando de uma palestra na cidade de Pato Branco, Paraná. Teria um enorme percurso em uma van até o aeroporto mais próximo, na cidade de Chapecó, em Santa Catarina, de onde então embarcaria no meu voo em direção a São Paulo. Seriam 3 horas de viagem, o suficiente para cochilar durante o percurso.

O dia estava lindo e a estrada era um verdadeiro baile de curvas, não havia clima para o sono. Foi então que resolvi bater papo com um senhor sentado no banco atrás de mim. Logo percebi que ele era estrangeiro, só falava inglês. Eu adoro conversar com estrangeiros porque assim posso treinar meu inglês e saber da pessoas suas impressões sobre nosso país. E as curvas sempre intensas na estrada, a conversa foi desenrolando.

Perguntei a ele seu nome e ele resumiu “Paul”.

Como todo norte americano, ele logo quis saber o que eu fazia naquela cidade do interior do Brasil. Mencionei que havia dado uma palestra sobre Turismo Espacial e logo percebi que os olhos do americano cresceram. Ele se interessou muito sobre tudo que eu falava e fazia perguntas a cada pausa na minha explanação. Em um determinado momento perguntei a ele “você deve ser cientista ou trabalhar com investigação, porque sabe fazer as perguntas certas! ”

O americano riu, e falou que trabalhou durante muito tempo com ciências para um programa de TV Educativo nos Estados Unidos.

Ao comentar isso, mencionei que adorava este tipo de programa em minha infância e que era uma pena que não tenho visto nada similar nos dias atuais. Mencionei que havia um programa em particular que eu amava, tinha um cientista com um jaleco verde e uma cabeleira maluca ao melhor estilo Einstein. O programa chamava-se Mundo de Beakman.

Ele olhou pra mim e fez uma cara estranha, depois disse: Yes! That´s me! (Sim, sou eu) apontando para o próprio peito.

Um rapaz que estava no banco de trás e acompanhava atentamente nossa conversa começou a gargalhar sem parar e repetia “cara, não acredito nisso, kkkk” enquanto surrava o banco com suas mãos. E eu fiquei em choque! “Não, não é possível!” Era o Beakman em pessoa bem ao meu lado? Como assim? Que baita coincidência!

E eu só podia pensar que estive conversando durante horas com um cara que tinha mexido muito minha infância, que a palestra que eu estava dando naquele lugar remoto e longe de minha cidade tinha muito graças ao cara que estava justamente ao meu lado!?

Quantas tardes na TV assistindo ao programa que me fazia tão feliz e completo, uma criança que tinha a imaginação atiçada pela ciência apresentada de maneira divertida, simples e engraçada…O Beakman em pessoa estava em uma longa viagem comigo em um canto do mundo onde eu nunca poderia imaginar encontrá-lo! Foi uma surpresa inesquecível.

Então rimos juntos, contamos piadas, falamos de cenas inusitadas neste mundo cheio de mistérios. Beakman virou meu amigo, pediu para tirar uma foto comigo e respondi: “tem alguma coisa errada aqui, sou eu quem desejo tirar uma foto com você, eu sou o fã!”

E a conversa terminou no aeroporto, onde ele pegou meu livro “O Céu não é o Limite” de que tanto contei casos de coincidências e no seu melhor merchandising fez propaganda gratuita sobre minha história. Quando que eu poderia imaginar uma situação dessas?

Em nossa despedida, foi uma satisfação e um enorme privilégio estar ao lado de Beakman e abraçá-lo como uma criança. Ele é o cara!

Publicado por Marcos Roberto Palhares em Segunda, 16 de outubro de 2017

 

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