Visite um asilo e faça a diferença na vida de alguém

Pessoal: recado sério!

 

Estive visitando um asilo. Fui ver uma tia minha que me tratava super bem quando eu era pequeno e nem lembrava mais de sua existência. Quando soube por acaso que ela estava em um asilo perto de casa, pensei: “puxa, ao menos devo isso a ela. Não me custa uma visita”.

Ao chegar no asilo, fui informado que ela sofre de Alzheimer e que dificilmente me reconheceria. A doença de Alzheimer é a grande vilã da terceira idade, porque exige cuidados em tempo integral. Como é muito fácil atualmente chegar à casa dos 80 anos, o número de idosos que sofrem desse mal é algo como 3 em cada 10 brasileiros. Imagine estes idosos sozinhos, sem parentes próximos, perdendo sua independência por degeneração física ou mental?

Isso pode ser maximizado pois há a tristeza da saída do ambiente familiar, da casa onde se viveu muitos anos; até mesmo a sensação de abandono, pela falta de uma opção mais próxima dos entes queridos e, somado a tudo isso, o embate com a chegada do fim de sua vida.

Para aliviar esta dor, não existe remédio pronto na farmácia. O melhor remédio é a visita com a máxima frequência possível daqueles que lembram a felicidade que a vida fez para colocá-los em nosso caminho. Eu lembro da minha tia sempre sorridente e feliz quando me via: colocava sua mão em meu rosto com todo carinho e me dava um beijo enorme em minha bochecha. Agora não há ninguém pra fazer isso a ela, e não importa se ela ainda me reconhece ou não. A minha presença por sí só já fez a diferença e acendeu sua luz. E isso não foi esforço algum.

Você deve lembrar que enquanto a população envelhece, todos os jovens de hoje, quando se tornarem todos ao mesmo tempo os muitos velhos de amanhã, poderá ser você nesta situação.

Por isso meu recado é que visitem um asilo, mesmo se não há ninguém que conheça nele. Todos ficam à espera de alguém que se lembra dele neste estágio da vida. As cuidadoras e os idosos adoram visitas, qualquer que sejam. E eu percebi todos de mancinho, chegando perto de mim para conversar ou ouvir o que eu tinha pra falar. No final, recebi um abraço conjunto de todos os velhinhos e foi muito bom, de derrubar lágrimas…

 

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Mostrando 2 comentários
  • Viviane Beganskas
    Responder

    Que perfeito! Adorei ler isso. Minha mãe precisou ficar em uma casa de repouso em alguns períodos pra que eu pudesse trabalhar. Éramos só nós duas. Era um sofrimento, pois ela não se adaptava e eu sofria com isso. Eu ia todos os dias vê-la mesmo assim ela chorava muito. Tive a oportunidade de conhecer muitas histórias, de muitos idosos. Muitos deles foram abandonados pela família. Isso me doía. Se as pessoas soubessem o quanto eles precisam de amor e atenção. Viveram para os filhos e qd envelhecem são ignorados. Minha mãe já se foi e sinto tanto a falta dela… Não podemos esquecer nossos idosos Não podemos esquecer de nossos idosos, eles tem muito valor.

  • Michele
    Responder

    Gostaria de fazer uma visita tenho tempo livre de sobra pra ver essas pessoas que são abondonado .

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